28 de set. de 2010

Bienal - A mistureba

Depois de deparar-me com uma obra musical das mais bem formuladas, engraçadas e nojentas que já ouvi resolvi posta-la aqui, não sei se vocês já a ouviram, mas vale a pena!ou não Leiam-na: 

 Desmaterializando a obra de arte do fim
do milênio
 Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
 Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata 
torta

Meu conceito parace, à primeira vista, 
um Barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
calcado da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria
Meu filho isso é mais estranho que o cu da jia
E muito mais feio que um hipopótamo insone "

Para entender um trabalho tão moderno 
É preciso ler o segundo caderno, 
Calcular o produto bruto interno, 
Multiplicar pelo valor das contas de água, 
luz e telefone 
Rodopiando na fúria  do ciclone,
Reinventando o céu e o inferno 

Minha mãe não entendeu o subtexto 
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Besquiat
Nova York , me espere eu vou já
Picharei com dendê e vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva 
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da ultima chuva,
Ampolas de injeção de penincilina

Desmaterializando a matéria 
Com arte pulsando na artéria 
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da silibrina 
Desintegro o poder da bactéria

Com o clarão do raio da silibrina 
Desintegro o poder da bactéria.

Ah vah, não é massa?! xDD  
Resultado estético bacaaaana ! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário